Queridos amigos e leitores: Obrigada por me terem acompanhado em mais um ano, e um agradecimento especial a todos os que comentam, enviam e-mails e me fazem acreditar que está alguém aí desse lado!
Desejo-vos a todos um Bom Natal e que 2012 não nos derreta a esperança em dias melhores!
Aqui fica um post rápido, nesta semana atribulada, plena de stress pré-natalício. Uma ideia simples e eficaz de como fazer um sofá, a partir de dois sommiers, ou simples estrados com colchão. Juntam-se em L, forram-se com tecido para estofo e uma pistola de agrafes e enchem-se de almofadas confortáveis. Com os acessórios certos, resulta na perfeição, esta ideia do Stylizimo blog
As revistas digitais, ou e-magazines continuam a nascer como cogumelos. Os catálogos das melhores marcas têm também agora uma variante digital. Excelentes produções, fotografias, aspecto gráfico, tudo um prazer para a vista. Quem se importa com a ausência do cheiro a papel? Eu não... Já os textos em línguas nórdicas desconhecidas, acho pior :-(
A propósito de cabides de arame, esta também é uma boa ideia natalícia. E o rosa fluo que vai tão bem com os neutros e que ultimamente me apetece... divirtam-se!
Eu sei que parece segunda, mas é sexta... e começou o countdown para o Natal, por isso aqui fica uma ideia. Acho graça às galochas, mas o que eu prefiro é a coroa com ramos de oliveira, tão mediterrânica... Estes devem ser artificiais, mas podemos pegar na ideia e fazer a sério. Costumo usar um cabide de arame para fazer as coroas. Basta arredondá-lo, enrolar o que quisermos e o gancho para pendurar já lá está.
Depois de ainda há pouco tempo ter falado de quartos infantis e de constatar a dificuldade em encontrar imagens exemplificativas originais, eis que deparo no blog da Ana, com este quarto que merece que eu volte ao tema. A cama feita com paletes é absolutamente 3R :-) a mesa de cabeceira é uma cadeira Tolix e... está tudo dito.
Outra das coisas que permite transmitir aquele aspecto de "casa de revista" de que ando a falar é a forma como se dispôem os objectos, sejam eles utilitários ou decorativos.
Acontece muitas vezes haver algum investimento em mobiliário de qualidade e numa nova decoração e depois tudo fica estragado com a disposição errada de peças, sem qualquer nexo.
Não estou a contradizer a mensagem do post anterior, nem estou a aconselhar que se deite fora tudo o que não faz parte da tendência mais recente, mas há técnicas que permitem agrupar os nossos objectos queridos de uma forma mais apelativa e actual. Aqui ficam algumas delas:
Seleccionar os objectos por cores ou de acordo com uma linha temática. Os maiores valorizam os mais pequenos e devem juntar-se, formando pequenas famílias em diálogo. Um objecto pequeno não deverá nunca ficar sózinho, ficará completamente perdido no conjunto. Deve colocar-se um prato, uma caixa ou uma moldura atrás, um objecto maior que o "agarre".
Se os móveis são contemporâneos, dispôr peças antigas pode criar contraste e uma maior personalização.
As simetrias cairam um pouco em desuso, os jogos de alturas, assimétricos, são mais actuais e potencialmente mais interessantes.
Tudo isto são processos um pouco dificeis de explicar, porque são muito intuitivos, mas acredito que também podem ser aprendidos e trabalhados. Requerem tempo, prática e um olhar treinado. Mas uma boa disposição de objectos pode fazer toda a diferença num ambiente. A componente meditativa desta actividade não é de desprezar. Uma hora de concentração pondo e tirando objectos de prateleiras, sem pensar em mais nada, é uma boa terapia para a melancolia de um outono de crise. :-)
Aqui fica também um video da guru do estilo inglesa Kelly Hopen. Embora as peças que ela escolheu para estes exemplos sejam demasiado impessoais para o meu gosto, vale a pena ouvir algumas das suas dicas.
Estas fotografias (muito bonitas, aliás...) foram publicada numa edição de Natal da Marie Claire Idees e tiradas no apartamento da autora deste blog que eu gosto de visitar (refiro-me ao blog, não ao apartamento... é claro!). Aqui vemos o making of da produção fotográfica e é engraçado ver como trabalham as pessoas que têm a mesma actividade que eu. A desarrumação de sacos e saquinhos é-me bastante familiar :-)
Mas falo nisto hoje porque encontrei neste blog uma frase que me chamou a atenção. Reproduzo-a no francês original e de seguida em tradução livre para português:
"chez moi il y a des objets qui ne vont pas avec le reste, qui font que ma maison ne sera jamais aussi parfaite q'une boutique, mais j'y suis attachée pour diverses raisons, et c'est ce qui rend mon intérieur unique et non reproductible après tout" ! ;)"
"Em minha casa há objectos que não combinam com o resto e que fazem com que a minha casa não possa nunca ser tão perfeita como uma loja, mas aos quais estou ligada por diversas razões, e são eles que fazem o meu interior único e não reproduzível!"
Concordo 100% e dedico a todas as pessoas que vivem de certa forma frustradas por não conseguirem alcançar a perfeição que se vê nas revistas. Eu, que sei como as coisas são feitas, digo-vos, as casas que são publicadas não existem :-) Existem aproximações mais ou menos fiéis, mas de uma maneira geral são criados cenários de fantasia, instalações artísticas que devem ser encarados com tal. Uma CASA é outra coisa! Tem incoerências e desarrumações e sobretudo tem pessoas a viver lá dentro!
Alguém se lembra de eu ter falado nesta casa e nesta criadora? Encontrei de novo a casa dela, aqui, e não quero deixar de partilhar convosco. Tão gira!!!
As cadeiras parecem as da escola e estão forradas a tecido, cada uma com o seu. Fácil... fácil...
Gosto muito de ilustração infantil e utilizar este tipo de escaparate de pratos para expôr as capas dos livros das crianças é uma ideia que ocupa pouco espaço e é simultaneamente util e decorativa. Na imagem a seguir usaram-se as prateleiras Ribba do Ikea. Também podem servir para arrumar os livros escolares, para crianças um pouco mais crescidas.
No que diz respeito às zonas de estudo, são importantes quando há espaço para isso. Se as dimensões do quarto são reduzidas, vou um pouco contra a maré e prefiro prescindir de secretárias ou mesas de trabalho e deixar espaço livre. Embora nos inquéritos escolares apareça sempre a pergunta: "tem um espaço para estudar no quarto?" e a resposta negativa pareça um crime de lesa-pátria, a verdade é que as crianças, muitas vezes, acabam por fazer os seus trabalhos na mesa da sala ou da cozinha para ficar junto dos pais e isso não tem mal nenhum, pelo contrário.
Por vezes as secretárias tornam-se "monos" inúteis em quartos hiper preenchidos. Pelo que observo, as pessoas compram coisas antes das necessidades surgirem. Porque fica bem a mobília completa ou porque são induzidas a pensar que vai ser necessário. E depois ... não vai. E porque é que eu sei isto? Porque já por lá passei, não sou perfeita :-) e tive em casa três pequenas secretárias inutéis. Bonitas, mas... inutéis. Só a partir da adolescência, altura em que a independência se torna mesmo importante, é que os meus filhos começaram a estudar nos quartos respectivos, altura essa em que a pequena secretária se tornou pequena demais!!! Sei perfeitamente que os bons pais fazem tudo pelos filhos e que vai demorar algum tempo até que se comece realmente a interiorizar que esse TUDO não é sinónimo de "coisas"! Por isso, quis partilhar aqui um bocadinho da minha experiência pessoal. Pode parecer estranho, dada a minha profissão, mas cada vez gosto mais de espaços "clean" e sinto necessidade de "reduzir". Ok... almofadas e quadros não contam :-), precisamos sempre de mais uns...
Na minha opinião devemos evitar os quartos de criança sobrecarregados de brinquedos e imagens. Como vemos aqui, bastam alguns elementos mais poéticos para criar o ambiente de sonho adequado. Não é necessário o Noddy, nem a Hello Kitty, nem todos os outros ícones estereotipados da cultura infantil. Criar um ambiente tranquilo que estimule o repouso e com espaço suficiente para o desenvolvimento da criatividade, é o ideal. Toda a gente que já teve filhos sabe que as crianças preferem brincar com tampas de tachos barulhentas do que com o xilofone colorido da melhor marca, e escolhem o molho de chaves do pai em vez do jogo didático. Por isso, um espaço livre e tempo para estar com eles é o melhor que lhes podemos dar.
Nas fotografias seguintes, vemos um quarto que publicamos na revista Ideias que representa bem o que digo. A árvore é, na realidade, uma escultura natural que foi oferecida ao bebé por toda a família, no dia do seu baptizado. Em vez de brinquedos, os pais pediram à família e amigos que contribuissem para a compra desta obra. Conforme as estações do ano, penduram-se pequenos objectos, para olhar antes de adormecer.
Acho uma ideia muito bonita e o quarto, embora pequeno, é encantador, facil de arrumar e tem tudo o que uma criança pequena pode precisar.
produção fotográfica Sofia Pinheiro, fotografia José Miguel Figueiredo
Continuo fascinada pelo Pinterest. Para acompanhar as imagens que vou "pescando" pela internet, é aqui. E agora coloquei um botão de acesso directo, aí em cima no menu. Estou à vossa espera!
A propósito dos candeeiros de crochet que mostrei ontem, lembrei-me que há, de certeza, pessoas que estão neste momento sem emprego, ou reformados(as) que podiam fazer este tipo de trabalhos para vender.
Há inúmeros casos de pessoas que começam pequenos negócios de artesanato urbano e obtêm um sucesso muito superior ao esperado. O problema, na maior parte das vezes é conseguir a divulgação necessária e distribuição para as lojas. Infelizmente o nosso comércio local foi arruinado e os centros comerciais estão a abarrotar de franchisings com pouco espaço para peças exclusivas e inovadoras. A internet tem sido a forma de divulgação preferencial, mas nem sempre é suficiente.
Através da revista Ideias procuramos divulgar o trabalho de artesãos, embora também seja necessária alguma criatividade nas propostas. Por vezes, só encontramos mais do mesmo! É sempre a mesma paleta de cores, os mesmos bonecos... como em tudo, para vencer é preciso inovar e manter um estilo próprio, ter uma "assinatura".
Isto serve para dizer que tenho muito gosto em colocar peças originais de artesãos nas minhas produções para a revista. Podem enviar-me imagens e contactos para o e-mail. Se eu achar que se adequam ao que procuro para agora, entrarei em contacto. Senão podem ficar em carteira para um edição futura. De qualquer forma, respondo sempre :-)
As imagens que se seguem, em tons outonais, foram retiradas da Etsy, a maior loja online de venda de artesanato global. Inspirem-se!
