Outra das coisas que permite transmitir aquele aspecto de "casa de revista" de que ando a falar é a forma como se dispôem os objectos, sejam eles utilitários ou decorativos.
Acontece muitas vezes haver algum investimento em mobiliário de qualidade e numa nova decoração e depois tudo fica estragado com a disposição errada de peças, sem qualquer nexo.
Não estou a contradizer a mensagem do post anterior, nem estou a aconselhar que se deite fora tudo o que não faz parte da tendência mais recente, mas há técnicas que permitem agrupar os nossos objectos queridos de uma forma mais apelativa e actual. Aqui ficam algumas delas:
Seleccionar os objectos por cores ou de acordo com uma linha temática. Os maiores valorizam os mais pequenos e devem juntar-se, formando pequenas famílias em diálogo. Um objecto pequeno não deverá nunca ficar sózinho, ficará completamente perdido no conjunto. Deve colocar-se um prato, uma caixa ou uma moldura atrás, um objecto maior que o "agarre".
Se os móveis são contemporâneos, dispôr peças antigas pode criar contraste e uma maior personalização.
As simetrias cairam um pouco em desuso, os jogos de alturas, assimétricos, são mais actuais e potencialmente mais interessantes.
Tudo isto são processos um pouco dificeis de explicar, porque são muito intuitivos, mas acredito que também podem ser aprendidos e trabalhados. Requerem tempo, prática e um olhar treinado. Mas uma boa disposição de objectos pode fazer toda a diferença num ambiente. A componente meditativa desta actividade não é de desprezar. Uma hora de concentração pondo e tirando objectos de prateleiras, sem pensar em mais nada, é uma boa terapia para a melancolia de um outono de crise. :-)
imagens Livethema
Aqui fica também um video da guru do estilo inglesa Kelly Hopen. Embora as peças que ela escolheu para estes exemplos sejam demasiado impessoais para o meu gosto, vale a pena ouvir algumas das suas dicas.
Sem comentários:
Enviar um comentário