segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

domingo, 30 de janeiro de 2011

Seculo XXI - A FORMA SEGUE A EMOÇÃO

A frase de Louis Sullivan "A forma segue a função", ficou famosa no princípio do século passado e tornou-se o lema de toda uma geração de arquitectos e designers. Os chamados funcionalistas criaram os mais belos exemplos de design contemporâneo, intemporais pela sua pureza de linhas, mas também os mais austeros e sisudos. Toda a ornamentação era... CRIME!
Mas como em tudo, sempre que há uma posição muito fundamentalista, a sua oposição é, também ela, demasiado radical... a palavra de ordem dos funcionalistas começou a ser posta em causa e começamos a ouvir recorrentemente uma outra, bem mais simpática (apesar de exagerada...). "A forma segue a emoção".
É óbvio que o bom design continua a ter de "funcionar", ser eficaz, resolver problemas, mas hoje em dia permitimo-nos acrescentar uma côr , um pormenor só porque SIIIM! Somos humanos, o carácter simbólico das imagens, as memórias, as emoções, fazem parte de nós e queremos rodear-nos de peças que reflitam estados de alma e que nos transmitam boas sensações.
Senão vejamos: Preferiam deixar um recado nisto...


ou nisto?


Prender a bicicleta com isto...


ou com isto?


Eu já escolhi... gosto de folhas, o que se há-de fazer?

Sec. XXI - CADEIRA SNOWJOB





Recomeçando a semana já hoje, domingo, (sim, estou a redimir-me das semanas mais paraditas) aqui ficam as primeiras coisas boas do nosso séc. XXI, como prometido. E uma delas é a nova forma de olhar para aquilo que antes se considerava lixo. Neste caso, foram os excedentes das fábricas de pratas para chocolates que serviram ao designer mexicano Emiliano Godoy para criar uma cadeira... brilhante! A mão-de-obra é local, como deve ser, em qualquer projecto que se queira sustentável.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

MADE A MANO

Não resisto a sugerir ainda uma espreitadela ao site Made A Mano. Vi agora mesmo aqui e tive de trazer.

RECUPERAÇÃO DE EDIFICIOS: INTERRUPTORES E TOMADAS


imagem de Esther Goo no Flickr

Afinal ainda faltava uma coisa: interruptores e tomadas. Partilho a informação deixada pela Sónia de uma loja online onde se compra material eléctrico deste e deste.
Também ando há tempos para divulgar uma loja no Porto (e respectiva loja virtual) onde se encontram puxadores para portas e gavetas, ideais para recuperações. Informação da Teresa.
Obrigada às duas :-)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

RECUPERAÇÃO DE EDIFÍCIOS - CASAS DE BANHO

imagem via designlovr

Esta é a típica casa-de-banho que aparece legendada nos sites das imobiliárias como sendo para obras totais. Imagino que esta visão desmoralize qualquer um, a mim deixar-me-ia bastante entusiasmada. Assim ficaram também os donos desta casa que resolveram levar a cabo a remodelação preservando o espírito da construção original e obtiveram um espaço de características únicas e beleza intemporal.

Antes

Durante as obras

Depois

Não acho que seja necessário ser literal desta forma, pegar no papel químico e copiar tal e qual, mas quis deixar este exemplo para que se perceba que renovar não significa necessáriamente apagar todos os vestígios da memória. Neste caso optou-se pelo restauro, que não deve ser confundido com uma imitação. Os materiais são genuínos, recuperaram-se formas e métodos de fabrico.
Nos exemplos seguintes cobriram-se azulejos em mau estado com lambri de madeira e juntaram-se elementos mais contemporâneos para uma sensação de novo, sem ter necessáriamente que comprar o móvel para lavatório mais massificado do mercado para substituir o antigo, de pedestal em louça, que está "velho".
Há empresas que fazem reparações de esmalte das banheiras e recuperação do brilho das louças antigas, sem obras, como esta ou esta.

imagem Design Inc



imagem Chez larsson

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

RECDUPERAÇÃP DE EDIFÍCIOS 5 - COZINHAS

imagem de Plain English

A propósito de cozinhas antigas, já disse quase tudo o que pensava aqui. É importante quando remodelamos uma casa ter em atenção a época de construção e criar uma coerência de formas compatível. Caso contrário fica estranho, até desconfortável. É possível projectar tendo em conta todas as necessidades actuais, sem descaracterizar.

RECUPERAÇÃO DE EDIFÍCIOS 4 - MÁRMORE

produção Sofia Pinheiro, fotografia Zé Miguel Figueiredo

Esta imagem que sairá publicada no próximo Ideias (Fevereiro) faz parte de uma casa de férias que fomos fotografar ao Alentejo. A sua proprietária que é também a autora do projecto resolveu aproveitar duas pias de despejos em mármore, recolhidas de uma demolição para realizar uma bancada para lavatórios que se adapta às mil maravilhas a este ambiente rural. Aquilo que muitas pessoas deitariam para o contentor foi reutilizado, assumindo todos os defeitos e irregularidades da velha pedra.
É preciso estar atento e manter a mente aberta a novas soluções.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

RECUPERAÇÃO DE EDIFÍCIOS 3 - MOSAICO HIDRÁULICO

Esta sou eu, com dois anos, sentada na minha velha cadeirinha amarela, no terraço da querida avó em Algés. Tão entretida e concentrada a enrolar uma fita métrica (sinais do destino :-) que nem reparei que tinha ficado sem um sapato.
Desta casa ( perto da qual viria a morar alguns anos mais tarde) onde passei tanto tempo da minha infância, é a cozinha e o terraço que me trazem mais lembranças. Era a vista do Tejo a entrar no mar, os netos todos a jogar às cartas com o avô em volta da mesa redonda, a telefonia sintonizada para os Parodiantes de Lisboa, o cheiro a torradas feitas no fogão e do café feito na cafeteira e de muito mais coisas boas, todas aqui, neste espaço solarengo. O chão da cozinha (que se vislumbra por trás) era em mosaico hidraulico, muito parecido com este, mas em tons de vermelho.
E deve ser por causa destas recordações que eu gosto tanto deste tipo de pavimento. Cada um das peças é feita à mão, juntando pó de pedra, cimento, areia e tinta em pó num molde com desenhos pré-definidos criando assim o mosaico que é posteriormente seco ao ar livre.


O problema destes mosaicos é o seu desgaste, dado que não possuem nenhum vidrado protector. Quando não foram tratados com cuidado, apresentam falhas, pouco brilho e um aspecto demasiado degradado que não é compatível com a exigência de algumas remodelações actuais. Daí até substituir sempre e sem critério, só porque o vizinho já mudou, vai um passo de gigante. Há que avaliar caso a caso, ter em conta se é possível fazer algum tipo de recuperação em obra ou até mandar reproduzir as peças mais desgastadas para fazer uma substituição parcial. Ver aqui sugestões de aplicação e manutenção. E ainda esta oficina em Estremoz.



No caso da recuperação não ser possível, se houver consciência do valor patrimonial deste tipo de mosaicos, podem ser retirados com cuidado para não partir e depois doados ou vendidos a um armazem de demolições. Assim poderão vir, ainda, um dia, a ser reutilizados.
Cada pessoa pode e deve escolher para sua casa o que gosta e aquilo com que se identifica. Não digo "partir: jamais", mas gostava de acreditar que quando se opta pela substituição, se faz de uma forma consciente e por todos os factores, menos pelo da ignorância do real valor destas peças.


Recolha de padrões portugueses publicados em livro aqui

RECUPERAÇÃO DE EDIFÍCIOS 2- CAIXILHARIA EM FERRO


Há dias vi, num conhecido programa de televisão, a substituição de caixilharia de ferro antiga por uma janela de grandes vidraças em alumínio lacado branco e vidro fosco. Vamos por partes... por onde hei-de começar a explicar o que penso sobre isto, sem ser mal interpretada?
A nova caixilharia cumpre melhor as funções de isolamento térmico e acústico? Sim, pode fazê-lo, se tiver vidros duplos, um sistema de abertura em oscilo-batente e fôr aplicada por uma empresa que garanta uma boa colocação. O simples facto de ser em alumínio não garante nada e toda a gente já se deparou com janelas de correr, de vidros simples, mal isoladas que não acrescentaram nada em termos de isolamento quando comparadas com as anteriores em ferro ou madeira. Vamos ser sinceros, o principal motivo pelo qual se substitui este tipo de janelas, antes de qualquer tentativa de as recuperar e de melhorar o seu isolamento, é um motivo puramente estético, ou seja, para ficar mais "bonito e moderno". A pergunta que eu faço é: Fica? De certeza? Quando se fala em defesa de património, pensamos sempre em igrejas e monumentos, mas há um imenso património que faz parte da história da arquitectura de uma cidade que está a ser sistemáticamente agredido por falta de conhecimentos de todos os intervenientes no processo, sendo que muitas vezes, os únicos interlocutores são uma empresa a querer ganhar dinheiro e um cliente mal informado. Cabe a quem tem alguma formação nestas áreas, cabe às revistas de especialidade e cabe à televisão (e de que maneira) informar as pessoas e oferecer possibilidades de escolha. Depois pode optar-se por retirar a janela, se naquele caso específico não houver mesmo alternativa, mas não pode nunca ser uma decisaão irreflectida, do tipo "está velho... muda-se". Há outras possibilidades. Não temos todos de fazer a mesma coisa, da mesma maneira sem pensar duas vezes sobre o que está em causa.
Terei muita pena do dia em que não reste uma única janela destas em Lisboa.


imagem Architects Bordeaux

Já agora aproveito para dizer que não me parece que este tipo de solução, da imagem seguinte adiante alguma coisa. Não é genuíno, soa a falso. Se fôr para substituir, assuma-se o contemporâneo. A "imitar o antigo " não é necessário...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

LYCEU CAMÕES


Ontem as eleições levaram-me ao Lyceu Camões (não, não voto lá, fui só a acompanhar). Conheço bem aquela fachada e tinha muita curiosidade de conhecer o interior. Fiquei literalmente pasmada quando entrei naqueles dois pátios, de que eu não suspeitava sequer a existência. Lindos, lindos, lindos... As portas de um azul já muito desgastado, o lambri de azulejos, os varandins e as colunas em ferro e no meio, as árvores... enormes. Procurei imagens para publicar aqui, mas mesmo no site oficial da escola não há nada que transmita verdadeiramente a beleza daquele edifício cheio de história, só consegui estas duas.
Tenho de lá voltar e levar a máquina, mesmo não sendo eu uma grande fotógrafa... :-)
Percebi os sinais de degradação e temo que qualquer intervenção que seja feita destrua aquela patine do tempo que lhe dá todo o encanto. Se eu mandasse. faria apenas o necessário para que o tecto não caísse em cima de ninguém, mas por favor... não mexam demais.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

NAVY CHAIR



Esta semana não consegui vir aqui ao blog, o Ideias está a fechar a edição (chamamos-lhe "o" Ideias por ser um suplemento da Casa Claudia, mas se preferirem "a" revista Ideias, também pode ser:-) e tive a apresentação de dois projectos. Foi uma loucura e ainda não terminou... por isso aqui fica um post rápido de algo que me agrada divulgar. Uma cadeira de alumínio desenhada em 1944 para a marinha dos EUA, daí o seu nome Navy Chair e que se tornou um clássico, aparece agora numa versão em plástico reciclado de garrafas de Coca-Cola. 111 delas! É a nova 111 Navy chair!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

FIO ELÉCTRICO

loja VOA imagem via pedaços do mundo

Há uns tempos falei de fios eléctricos e da forma como estão a ganhar protagonismo nos ambientes, em vez de ficarem escondidos atrás de móveis, ou em calhas técnicas e afins. Claro que é uma tendência para usar com cuidado, há uma margem ténue entre aquilo que fica original e trendy e o que parece o desleixo de um fio pendurado com uma lâmpada. Cá em Portugal não é fácil encontrar fios eléctricos diferentes e bonitos. Estive na loja VOA, (uma loja no Chiado que merece uma visita) e quando perguntei aos funcionários onde tinham arranjado o cordão eléctrico com que suspenderam os diversos tipos de lâmpadas, não me souberam dizer. Alguém disse que seria numa loja de artigos eléctricos muito velhinha na zona de Santos, mas não sei onde fica. Se alguém souber onde encontrar eu gostava muito de ter essa informação.
Entretanto a Holly (Decor 8) acabou de criar um candeeiro original com fios bonitos e troncos de árvore e aconselha esta loja online para fios eléctricos diferentes.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

HORTA URBANA


Uma das minhas resoluções para 2011 é fazer uma horta na varanda, dado que não posso (ainda...) ir viver mais perto da Natureza. Ando à procura de um saco destes..horta urban

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

PAPEL DE PAREDE

O papel de parede regressou às nossas casas há uns anitos. Primeiro a medo, porque muita gente ainda se lembrava com horror disto e não queria, de maneira nenhuma voltar.

imagem Retrospace

Para os mais novos, que já nasceram na época das paredes brancas foi fácil aderir. É que o branco (que eu adoro, atenção...) se não for bem trabalhado, pode ser tãoooo aborrecido...
Eu uso papel de parede com moderação (porque sou das que se lembra :-), mas estou fã deste padrão da Nina Campbell, especialmente o azul.

imagens via print and pattern

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

ZOÉ DE LAS CASES

fotografia ©sofia pinheiro






Na Habitania deste mês encontrei a casa da criadora francesa: Zoe de las Cases. Adorei a casa e depois de procurar o site, também fiquei fâ das peças que cria e vende na sua loja virtual. Os videos que faz para apresentar as colecções são deliciosos. Simples mas cheios de poesia. Inspiradores!