Se é verdade que me encantam as remodelações que respeitam os elementos arquitectónicos e a estrutura de origem, não posso ficar indiferente a um espaço como este, totalmente virado do avesso em que se rasgaram paredes, alteraram volumes e todo o interior foi refeito, deixando-o irreconhecível. De todas as casas em que já entrei profissionalmente, com uma equipa de produção e fotografia, esta foi uma das que mais me encantou pela forma fabulosa como a luz de Lisboa se espalhava e reflectia nas paredes brancas e nas madeiras claras.


Trata-se do último andar de um prédio antigo em que se aproveitou a zona sob o telhado para a criação de um quarto extra, aberto em mezzanine sobre a sala. Para lá chegar sobem-se os degraus suspensos de uma escada que é o elemento central deste projecto. O pé direito no seu ponto mais alto atinge os 5 metros proporcionando um tipo de amplitude visual que normalmente só encontramos em casas construídas de origem e fora da cidade, nunca num andar do início do século passado. E sabe bem circular por entre estas paredes, está-se bem neste espaço. Sem querer ser demasiado new age, dir-se-ia que a energia flui!

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fotografia JMFigueiredo |
Os interiores são da responsabilidade do atelier Salto Alto que se encarregou de preencher as diversas zonas com móveis de lojas em segunda mão e outlets de fábrica, num esforço bem conseguido de equipar o espaço a baixo custo. O terraço com vista sobre Lisboa é a surpresa final.
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fotografia JMFigueiredo |
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