quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A INVEJA PORTUGUESA

via Joana Vasconcelos

























Ontem assisti a uma entrevista com a Joana Vasconcelos na RTP. Gosto da sua postura não afectada e sem tiques de vedeta aparentes, dá respostas directas sem rodeios e ao que parece vai continuar a fazer o trabalho dela e a vendê-lo bem. Ora aí é que começa a surgir um problemazinho, para nós portugueses. Então estamos nós aqui todos na m... e esta atreve-se a ter sucesso? Se diz que preza tanto a identidade portuguesa devia estar a sofrer, como nós. E começam a surgir os comentários críticos que não são mais do que inveja pura. Isto é transversal a todas as actividades: que ninguém se atreva a ter sucesso neste país!
Recentemente a artista criou uma pintura para um modelo de uma marca de carros japonesa. O carro é simplesmente horrível, mas isso não serve de desculpa para arrastar o resto da sua obra na lama e para acusar todo o seu trabalho de comercial. Obviamente tem de se financiar de alguma maneira para continuar a fazer o que faz e segundo parece não anda a estender a mão ao estado. O cacilheiro Trafaria Praia corresponde a um investimento de cerca de 1 milhão de euros, dos quais apenas 170 mil são financiados pelo estado.
Será que podemos deixar os outros ter sucesso à vontade - mesmo que nós não gostemos do que fazem - e procurar fazer a nossa parte para ter sucesso também? Pode ser, por favor? É que de contrário isto não anda mesmo para a frente!

3 comentários:

  1. É por essas mentalidades pequeninas que isto não anda mesmo para a frente. Eu fiquei contente com a íniciativa, o projecto do cacilheiro, é de pessoas empreendedoras que lutam por um Portugal melhor que o nosso país precisa. Deviamos estar todos orgulhosos e incentivar projectos desses.

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  2. Estou totalmente de acordo contigo!
    A Joana é uma pessoa muito acessível. Já estive uma vez num dos
    seus "ateliers abertos" em que ela convida quem quiser aparecer a ir ao seu atelier e explica todo o processo do seu trabalho, apresenta o espaço, fala da sua obra e no final ainda oferece um lanche.

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