terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

OLIVE US

            I'm Hungry: Snoball Cookies from Olive Us on Vimeo.

Encontrei no Vimeo uma série de videos deliciosos que segue as aventuras de Ralph, Maude, Olive, Oscar, Betty e Flora June nas suas explorações de crianças. Aqui vemos uma experiência culinária, mas há muito mais histórias para nos encantar como o dia em que descarregam e empilham lenha, ou quando lavam o carro num trabalho colectivo que tem tanto de educativo como de divertido. Que maneira maravilhosa de editar e guardar as recordações de família! Os videos são realizados pelos Tiger in a jar que também têm outros projectos interessantes para seguir aqui.

MODA NA CASA

Ontem uma amiga enviou-me esta casa que pertence a Taylor Tomasi Hill, um ícone de moda internacional, personagem bastante conhecida nos círculos próprios mas que eu não fazia ideia de quem era. Com a ajuda da minha amiga, agora já sei: é uma ruiva engraçada com uma casa plena de criatividade e com uma abordagem de moda que passa pelo seu lado mais lúdico, como eu acho que deve ser. Não gosto da moda que exclui, impondo modelos e padrões, mas gosto da moda pelo seu lado artístico, de invenção pura, de diversão. E esta rapariga diverte-se, basta ver o seu sorriso!
Quanto à casa, gosto das prateleiras realizadas com estrutura de canos, as peças recicladas, a mistura de estilos e cores muito bem conseguida! Prazer em conhecê-la!






fotografias Vogue via Ella & Louise 








segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

ESTEREOTIPOS

Bom dia! A propósito da noite dos Óscares, li uma reportagem num dos jornais de fim-de-semana acerca do local onde os laureados guardavam a estatueta. Achei a maior hipocrisia os que diziam que guardavam na casa-de-banho, como se não ligassem nenhuma, até porque já eram tantos a fazê-lo que nem sequer era irreverente ou original... Mas hoje falo disto porque no meio desses depoimentos li uma frase de Anthony Hopkins, aliás Sir Anthony Hopkins, que era mais ou menos assim: O pior dos Óscares é quando achamos que temos de nos transformar no tipo de pessoa que os recebe!
Ou seja, a mente humana gosta de organizar, separar e classificar tudo. As pessoas estão arrumadas por categorias, os que recebem Óscares, os ricos, os pobres, os jovens, os que moram não sei onde. Tudo isso é normal, quase todos o fazemos inconscientemente, mas quando nos distanciamos de quem somos para agir de acordo com o que se espera de nós, ou para nos aproximarmos de uma imagem criada pelos outros, é triste!
Outra categoria com um perfil muito definido na imaginação colectiva é a da pessoa que trabalha no mundo da decoração. De acordo com o estereótipo habitual, acordamos sempre fantásticas, sem olheiras, e de saltos altos enfiados nos pés. Vivemos em casas de revista, sempre impecáveis, sem nada fora do sítio. É quase como a cantiga da bailarina (adoro a versão da Adriana Calcanhoto). Ora se há coisa que eu tenho procurado fazer neste blog é não só manter-me fiel a quem sou, como arranhar um bocadinho as ideias feitas. Podemos não gostar todos da mesma coisa e não ser todos iguais? Para começar, adoro uma cozinha antiga daquelas que seriam provavelmente arrasadas nas remodelações da TV que vemos por aí. Tirar o melhor partido possível do que já existe, é o desafio que mais gosto de ter pela frente!

via design sponge

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

IDEIAS À SEXTA






















Para a ideia à sexta de hoje fui buscar uma produção minha para a revista Ideias fotografada pela Margarida Dias. Estas jarrinhas não são mais do que embalagens de champô vazias, a que se cortou a parte superior com um x-acto e se retiraram os rótulos mergulhando em água bem quente durante algumas horas. A decoração fez-se com fita autocolante de papel estampada (washi-tape). Misturadas com verdadeiras jarras de vidro fazem um belo conjunto para enfeitar uma janela ou uma prateleira e ninguém dará pela diferença.



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A INVEJA PORTUGUESA

via Joana Vasconcelos

























Ontem assisti a uma entrevista com a Joana Vasconcelos na RTP. Gosto da sua postura não afectada e sem tiques de vedeta aparentes, dá respostas directas sem rodeios e ao que parece vai continuar a fazer o trabalho dela e a vendê-lo bem. Ora aí é que começa a surgir um problemazinho, para nós portugueses. Então estamos nós aqui todos na m... e esta atreve-se a ter sucesso? Se diz que preza tanto a identidade portuguesa devia estar a sofrer, como nós. E começam a surgir os comentários críticos que não são mais do que inveja pura. Isto é transversal a todas as actividades: que ninguém se atreva a ter sucesso neste país!
Recentemente a artista criou uma pintura para um modelo de uma marca de carros japonesa. O carro é simplesmente horrível, mas isso não serve de desculpa para arrastar o resto da sua obra na lama e para acusar todo o seu trabalho de comercial. Obviamente tem de se financiar de alguma maneira para continuar a fazer o que faz e segundo parece não anda a estender a mão ao estado. O cacilheiro Trafaria Praia corresponde a um investimento de cerca de 1 milhão de euros, dos quais apenas 170 mil são financiados pelo estado.
Será que podemos deixar os outros ter sucesso à vontade - mesmo que nós não gostemos do que fazem - e procurar fazer a nossa parte para ter sucesso também? Pode ser, por favor? É que de contrário isto não anda mesmo para a frente!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

ISTO É LINHO?

Seguindo os links do post anterior, uns atrás dos outros, no mais puro sentido de navegação internáutica fiquei admirada com as recentes utilizações do linho. Não é apenas um tecido bonito! As pesquisas tecnológicas encontram novas potencialidades para esta fibra, na substituição da fibra de vidro e carbono, com propriedades muito mais ecológicas. Misturada com certas resinas produz materiais semelhantes ao plástico, sem derivados de petróleo. O melhor exemplo que encontrei é esta cadeira desenhada por Jean-Marie Massaud que utiliza compósito de linho, material com o qual se experimenta também agora a  construção de pranchas de surf. E é isto:  almofadas em linho já conheciamos, mas a estrutura rigida que a suporta realizada na mesma matéria, é a primeira vez que vejo!


LINHO























Tenho um saco a abarrotar de catálogos interessantes e com belas imagens que gostava de continuar a partilhar convosco mesmo correndo o risco de vos aborrecer ao ponto de já não me conseguirem suportar a escrever sobre a feira M&O. Ficou bem claro no inquérito que querem ver casas e estou a tratar disso para o lançamento do blog renovado em Março - no dia 11 mais precisamente. Para já vou teimosamente continuar a falar-vos de uma iniciativa muito interessante, a Confederação Europeia do Linho e do Cânhamo CELC, uma associação internacional cujo objectivo é promover e congregar empresas de todas as fases da produção e transformação do linho e cânhamo na Europa, como forma de contrariar a invasão Made In China. No seu stand In Lino Veritas contava com a participação de diversas empresas da área presentes na feira, sendo algumas delas portuguesas, pois claro. As imagens que vos mostro são da Leitner, marca alemã com criações clássicas e intemporais que também me impressionou pela qualidade indiscutível dos materiais e pela boa apresentação do catálogo. Este tipo de investimento faz falta às nossas empresas, a criação de identidades de marca fortes e que sabem como impôr a sua presença. A qualidade dos nossos produtos, pelo contrário, não lhes fica atrás.



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

TONS PASTEL

Esta é a minha maneira preferida de conjugar os tons pastel. Com alguma patine do tempo que lhes retira o aspecto demasiado "girlie" que a mim pessoalmente cansa, ao fim de algum tempo. No caso da última imagem, a conjugação é feita com peças contemporâneas, madeiras cruas, estilo minimal, o que trazendo uma abordagem diferente também "corta" o tal lado ligeiramente enjoativo de que vos falo. De resto adoro estes tons, são repousantes, tranquilos, criam harmonias suaves e são fáceis de conjugar. Não se pode pedir mais...

Mundane ceramic


via pinterest

moastidrom e Rum Magazine via pinterest
via french by design

TAJ WOOD & SCHERER

fotografia©sofiapinheiro
fotografia©sofiapinheiro e mokkasin
Depois de uma pausa para falar de outras coisas e, apesar do frio, gostava de voltar à Maison Et Objet, para vos apresentar uma marca que me encanta pela sua criatividade e cor. Trata-se da Taj | Wood & Scherer. As peças estão à venda online no seu site, mas mais do que comprar vale a pena uma visita a esta fonte de inpiração. A forma como se combinam os tons pastel com os fluorescentes é uma das tendências que continua a apetecer seguir. Os candeeiros são as minhas peças preferidas.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

IDEIAS Á SEXTA:

A ideia de hoje é fácil e económica. Com um módulo de gavetas ikea cria-se um conjunto de expositores de parede. Basta forrar os fundos e afixar!
Bom trabalho e bom fim-de-semana!

via pinterest



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

TONS PASTEL

Por vezes acusam-me de ser demasiado "neutra" e gostar muito de cinzento. Na verdade adoro, ao contrário da maior parte das pessoas, que o acha tristonho e aborrecido, mas em segundo lugar gosto de tons pastel. Também gosto muito de simetria na decoração. É a forma mais fácil de criar harmonia, não há como errar. Vejam esta sala de inspiração vintage, fácil de recriar e tão tranquila. 

via
via

O sofá da linha Soderham do Ikea é uma boa possibilidade para quem quiser experimentar o azul sem gastar muito. As capas de tirar e pôr são utéis para lavar e também para substituir se cansar. 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

QUADROS NAS PAREDES

Há duas coisas que podem estragar por completo um ambiente, mesmo que tudo o resto esteja perfeito. A primeira é uma má iluminação e a outra é a disposição errada dos quadros nas paredes. Gosto quando as molduras são de diferentes origens e os conteúdos também. Gosto dos desenhos das crianças, com as fotografias de família e de objectos, colecções, coisas com uma história qualquer. A Arte como investimento faz-me confusão e como decoração ainda mais... Há pinturas que adoro e que nunca teria em casa. O grau de desconforto que a verdadeira Arte nos transmite não é para trazer para dentro de casa a condizer com a cor do sofá, mas isto é pessoal... 
Dito isto, aqui fica como inspiração uma selecção de imagens que recolhi no pinterest. Como se vê, há linhas de força nas composições que devem ser respeitadas, quer os quadros fiquem mais juntos ou mais afastados. Nuns casos, cria-se uma linha imaginária central e dispôe-se a partir daí, noutros imagina-se um rectângulo exterior e as molduras ficam confinadas a esse limite. É importante que o afastamento entre molduras seja proporcional ao tamanho dos quadros, ou seja, quanto mais pequenos, mais juntos devem ficar. Os maiores devem ter mais espaço para respirar, embora como mostram os exemplos juntos, todas estas regras possam ser quebradas com sucesso. Mas para ignorar as regras com estilo... é preciso conhecê-las primeiro!

via e via
via

via e via

via e via

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

COZINHA CINZENTA

O resultado do inquérito da semana passada foi bem claro! Querem ver casas em primeiro lugar e mais do que tudo :-) Então aqui fica uma que vale mesmo a pena espreitar, começando pela cozinha. Pertence à arquitecta Ebba Thott. Já viram bem esta cozinha? Tem tudo aquilo de que tantas vezes vos falo: Azulejos de metro: tem! Armários cinzentos: tem! Prateleiras em vez de armários superiores: tem! Muita luz: tem! Madeiras recicladas: tem! E está tudo dito...

imagens Anna Gillar

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

100 IDEIAS


fotografia©sofiapinheiro
Hoje quero falar-vos de uma revista que os mais novos não conheceram mas que se mantem certamente na memória de alguns da minha geração e mais velhos. Esta revista francesa, 100 idées de seu nome, contribuiu sem sombra de dúvida para a minha formação e para as minhas escolhas profissionais futuras. Começou a aparecer lá em casa era eu ainda uma criança, o primeiro exemplar que tenho guardado é de 1976. A minha mãe não comprava sempre, era dificil de encontrar, quando alguma amiga conseguia um exemplar este era trocado e partilhado, as ideias discutidas e muitas vezes postas em prática. O que fazia desta revista um caso especial no panorama das revistas femininas era a sua clara afirmação pela diferença. Ao folhear estas relíquias posso encontrar uma reportagem sobre ponto de cruz em que viajamos pelo folclore da Europa Central ou uma reportagem sobre origami perfeitamente enquadrada no seu contexto histórico e social de origem. As produções são extremamente modernas, no sentido em que têm uma actualidade que as mantem válidas, sem aquele aspecto levemente ridículo que nos provoca um sorriso quando vemos as imagens típicas dos anos 70. Estas não. Algumas podiam ser publicadas hoje, quase sem alterações. 
As ideias eram apresentadas de forma fácil, havia um caderno de explicações com os graus de dificuldade assinalados e uma legião de seguidores: os "centidéalistes"que não só realizava as ideias sugeridas, como enviava as fotografias e partilhava as suas obras, criando um verdadeiro sentido de comunidade, raro para a época. Mas o que levava esta revista directamente ao coração das pessoas era o grau de identificação que promovia, as modelos eram raparigas comuns, que encontramos na porta ao lado, havia famílias completas, avós e avôs, os homens com as crianças a assumirem o seu novo papel na família. Mais do que uma revista de modas e bordados, promoveu novos estilos de vida. Não é preciso dizer muito mais para perceberem que este nome - 100 ideias - tem uma enorme carga afectiva para mim.