segunda-feira, 27 de abril de 2009

CAPITULO 1: FENG SHUI E EU!

O modo de vida oriental vem ganhando cada vez mais adeptos no Ocidente. Conceitos como energias positivas, poder da mente, meditação, começam a entrar no vocabulário de quase todos nós. Também o Feng Shui, sendo uma filosofia e um conjunto de práticas milenares que procuram harmonizar energéticamente um determinado espaço, começou a despertar o interesse dos ocidentais. Nos meus projectos como designer , deparo-me por vezes com clientes que, tendo lido alguns livros sobre o assunto, me pedem para ter atenção na colocação de um espelho ou na orientação da cama. Fui por isso "forçada" a procurar informação. Confesso que de todas as práticas orientais era a que me seduzia menos. Como é possível acreditar que se colocarmos um espanta-espíritos no canto X da casa teremos, por exemplo, mais abundância financeira? Como se explica isto? Qual o sentido? Inscrevi-me no melhor curso de Feng Shui do país e dispus-me a aprender uma série de fórmulas para pôr em prática e esperar para ver. O que acontece é que a matéria é tão vasta e complexa, há tantas escolas e correntes diferentes, que ao fim de um ano de estudos, sinto que ainda há muito, muito para aprender. O Feng Shui clássico, mais hermético e purista, necessita do estudo de uma vida para ser praticado com eficácia. Os seus peritos estão frequentemente em desacordo e são responsáveis pelas mensagens contraditórias e confusas que aparecem em muitos livros e que por vezes afastam os menos persistentes. Implica conhecimentos de uma astrologia própria e vai muito mais longe do que a simples arrumação dos móveis numa casa.
Depois há as novas correntes contemporâneas, mais adaptadas ao Ocidente, que são as que mais me interessam e que quero continuar a aprofundar. Um dos especialistas de Feng Shui contemporâneo, Simon Brown, autor consagrado, deu um módulo do curso este mês. Fiquei fascinada pela sua abordagem e comprei alguns dos seus livros. Vou dedicar os posts desta semana a este tema.

1 comentário:

  1. Olá Sofia.
    Só para dizer que adorei ler estes seus últimos posts. Sobre o Wabi Sabi, que não conhecia, somente o Feng Shui. Sem dúvida que é a mente humana que os rotula de 'erro'!, que uma parte de casa à espera de arrumação nos desarruma a mente, e as coisas desagradáveis acontecem. O contrário também, uma casa - home - disposta em equilíbrio e harmonia flui os acontecimentos. Não tenho dúvidas. Creio que hoje, mais do que nunca, para mim, é preciso parar, meditar, incorporar, e não somente mudar o exterior. Quando for isso possível - eu dona do meu tempo e espaço- o Wabi Sabi e o Feng Shui funcionarão integralmente e farão sentido... como uma filosofia de vida. Tal e qual.
    Parabéns pelas novas aprendizagens e visões.

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