quinta-feira, 30 de abril de 2009

INSPIRAÇÃO WABI SABI





Para terminar a semana aqui fica mais inspiração Wabi Sabi via living etc

CAPÍTULO 5: A CASA COMO ESPAÇO SAGRADO EM TRÊS PASSOS

O Wabi Sabi ensina-nos que a casa é um espaço sagrado. Deve ser encarada como um templo, um reflexo da nossa vida e personalidade.
Normalmente pensamos que é necessário ter muito dinheiro, móveis caros, o candeeiro X e as cadeiras Y para ter a casa dos nossos sonhos. A boa notícia é que não é preciso nada disso e que viver numa casa acolhedora e repousante é muito mais fácil de conseguir do que parece.

1º Passo: DEITAR FORA O QUE NÃO INTERESSA
Este é mesmo o passo fundamental para qualquer tipo de melhoramento na casa e pode ser absolutamente libertador. (A próxima semana será dedicada a tudo o que é preciso fazer para pôr em prática esta, por vezes, dificil tarefa)

2º Passo: MANTER A CASA LIMPA E ORGANIZADA
Depois de libertar a casa do excedente de objectos inúteis esta fase fica muito simplificada. Um espaço mais vazio, deixa a energia circular livremente e limpa-se com muito mais facilidade e rapidez. Os produtos de limpeza devem ser não-tóxicos o que torna esta filosofia tão amiga do ambiente. O Wabi Sabi ensina-nos também a utilizar as pequenas tarefas rotineiras como formas de meditação, por exemplo, limpar o pó estando totalmente presente no momento, sentindo o cheiro dos produtos, observando os veios da madeira, apreciando cada objecto e colocando-o em determinada posição com uma intenção de harmonia e beleza. Também fazer a cama, lavar uma janela em tudo podemos encontrar uma oportunidade para estar "presente".
É normalmente aqui que o nosso frenesim ocidental começa a buzinar-nos que preferiamos estar a fazer outra coisa... e que aquilo não é nada interessante... e que é uma tarefa menor... e que não é nada criativo... e então começamos a fazer tudo à pressa, para despachar e lá se vai a meditação. É mais uma vez a mente que nos prega uma partida.
(Eu cometo todos estes erros também, que fique bem claro, mas o importante é termos cada vez mais consciência e ir melhorando aos poucos).

3º Passo
Só ter à nossa volta aquilo que é verdadeiramente importante para nós. Um objecto que nos traz boas recordações e que gostamos de apreciar. Formas bonitas da natureza, materiais com belas texturas que despertam os sentidos, cores que nos colocam em determinados estados de espírito.
O valor comercial não é importante.

Mas o Wabi Sabi também ensina a aceitação. A aceitação de cada estágio da nossa vida tal como é. Isto reflete-se na capacidade de aceitar a nossa casa tal como ela é e ir fazendo pequenas modificações, quer em nós quer na casa até atingir o objectivo de uma vida mais plena. Sem stress...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

WABI SABI NA ESCANDINÁVIA







Através deste site, onde apenas entendo as palavras feng shui e wabi sabi, fui encontrar outra página igualmente incompreensivel :-) mas com belas imagens, de ambientes repousantes e dentro do espírito de que falo esta semana. Kvist Vidal.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

CAPÍTULO 4: QUE SIGNIFICA WABI SABI?


As imagens são daqui
O termo Wabi Sabi teve origem no século XVI e foi utilizado para descrever a estética da cerimónia japonesa do chá. Wabi quer dizer humilde, simples e primitivo, enquanto Sabi significa a natural progressão do tempo.
Esta forma de viver tem toda uma filosofia por trás e não se limita a um estilo decorativo passageiro. Como diz Leonard Koren no seu livro Wabi-Sabi for Artists, Designers, Poets & Philosophers, é a beleza de todas as coisas que são imperfeitas, impermanentes e incompletas. A beleza das coisas modestas e humildes.


Neste outro livro, lemos que há muitas formas de introduzir elementos wabi sabi nos ambientes contemporâneos. libertando excesso de objectos e bloqueando ruídos exteriores, integrando elementos antigos, que mostram a passagem do tempo, peças artesanais e elementos da natureza.

CAPITULO 3. SERÁ O WABI SABI O NOVO FENG SHUI?





As imagens são daqui.


Continuo a explorar estas aprendizagens, na procura do meu caminho entre as diversas formas de harmonizar os espaços utilizando os conhecimentos de quem, a Oriente, através do seu modo de vida, teve tempo para pensar nestas coisas e experimentá-las durante séculos. Se o Feng Shui é pragmático e pretende obter resultados concretos (mais dinheiro, melhores relacionamentos, mais saúde...) agindo sobre o espaço, activando pontos de energia, o wabi sabi, ligado à filosofia Zen e Budista procura inversamente criar no ambiente as condições de paz e harmonia para que o ser humano se desprenda dos elementos materiais, vivendo o momento e encontrando beleza nas coisas mais simples. E isto faz todo o sentido para mim! Não será por acaso que o Wabi Sabi começa a chegar agora, neste momento de crise, ao Ocidente.
Vale a pena saber quais são os princípios fundamentais do Wabi Sabi (do livro Pratical Wabi Sabi de Simon Brown):

VIVER O MOMENTO: escapar dos pensamentos desnecessários acerca do passado e do futuro.
SIMPLICIDADE: A maior atenção recai sobre as poucas coisas que são importantes para nós.
VAZIO: Espaço livre para que novas coisas possam entrar na nossa vida.
INTUIÇÃO: Conseguir compreender o que nos rodeia sem racionalizar de forma lógica ou analítica.
BELEZA EFÉMERA. apreciar a beleza que vem e vai.
NATUREZA INCOMPLETA: compreender que a vida é um processo sem um fim ou princípio claros.
ACEITAÇÃO DO IMPERFEITO: adaptação às circunstâncias de mudança e fazer o melhor de cada situação. Receber e amar as pessoas e as coisas tal como elas são.
ASSIMETRIA: libertar-se de arrumar as coisas simétricamente
APRECIAÇÃO: ver o melhor em tudo e todos.
TRANQUILIDADE: Libertar-se de ruído, tralha e distrações desnecessários que nos impedem de encontrar a paz natural.
SER NATURAL: viver perto da natureza e usar materiais naturais. Libertar-se de noções pré-concebidas acerca de design.
DESAPEGO: Libertação de doutrinas, conceitos e crenças
HUMILDADE, MODÉSTIA E AUSTERIDADE: Sermos nós-próprios sem proteger o ego. Viver uma vida despretensiosa e não ostentatória.
TUDO MUDA: Apreciar a noção de que cada dia é novo e diferente, e que o mundo está cheio de variáveis e que nada é estático.

ESTILO INDUSTRIAL






A propósito do post anterior, vale a pena ver esta produção da revista Nuevo Estilo sobre o estilo Industrial.

FENG SHUI CAPÍTULO 2: COISAS VELHAS EM CASA, SIM OU NÃO?




Mark and Sally Bailey and their son, Ben

Uma das coisas que me aborrecia no Feng Shui era a ideia de que tudo o que está estragado deve ser imediatamente deitado fora. Troncos de madeira seca, um vaso de barro rachado, tudo isso seria considerado matéria morta e não teria lugar nas nossas casas dado que afectava negativamente o equilíbrio de energias. No entanto, essa perspectiva vai um pouco contra a minha abordagem e andei nessa contradição durante algum tempo. O livro que comprei recentemente, Recycled Home, de Mark and Sally Bailey (na imagem tirada daqui) tem algumas imagens muito bonitas de como é possível tirar partido dos defeitos e encontrar beleza nas texturas de materiais com marcas do tempo e está definitivamente no caminho daquilo que me apetece explorar.
Estava eu nestas conjecturas, quando a aula e o maravilhoso livro do especialista de feng shui Simon Brown, Pratical Wabi Sabi me fez compreender que de acordo com algumas correntes orientais, este tipo de abordagem não só é possível como é, ela própria, uma forma de meditação e contemplação. Um tronco seco retorcido pelo tempo, uma mesa de madeira com diversas camadas de tinta num "decapé" natural criado pelos anos, só são um problema se a mente humana os rotular de "errados". Caso contrário podem ser muito mais interessantes do que uma mesa muito envernizada, novinha em folha.

CAPITULO 1: FENG SHUI E EU!

O modo de vida oriental vem ganhando cada vez mais adeptos no Ocidente. Conceitos como energias positivas, poder da mente, meditação, começam a entrar no vocabulário de quase todos nós. Também o Feng Shui, sendo uma filosofia e um conjunto de práticas milenares que procuram harmonizar energéticamente um determinado espaço, começou a despertar o interesse dos ocidentais. Nos meus projectos como designer , deparo-me por vezes com clientes que, tendo lido alguns livros sobre o assunto, me pedem para ter atenção na colocação de um espelho ou na orientação da cama. Fui por isso "forçada" a procurar informação. Confesso que de todas as práticas orientais era a que me seduzia menos. Como é possível acreditar que se colocarmos um espanta-espíritos no canto X da casa teremos, por exemplo, mais abundância financeira? Como se explica isto? Qual o sentido? Inscrevi-me no melhor curso de Feng Shui do país e dispus-me a aprender uma série de fórmulas para pôr em prática e esperar para ver. O que acontece é que a matéria é tão vasta e complexa, há tantas escolas e correntes diferentes, que ao fim de um ano de estudos, sinto que ainda há muito, muito para aprender. O Feng Shui clássico, mais hermético e purista, necessita do estudo de uma vida para ser praticado com eficácia. Os seus peritos estão frequentemente em desacordo e são responsáveis pelas mensagens contraditórias e confusas que aparecem em muitos livros e que por vezes afastam os menos persistentes. Implica conhecimentos de uma astrologia própria e vai muito mais longe do que a simples arrumação dos móveis numa casa.
Depois há as novas correntes contemporâneas, mais adaptadas ao Ocidente, que são as que mais me interessam e que quero continuar a aprofundar. Um dos especialistas de Feng Shui contemporâneo, Simon Brown, autor consagrado, deu um módulo do curso este mês. Fiquei fascinada pela sua abordagem e comprei alguns dos seus livros. Vou dedicar os posts desta semana a este tema.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

SOMBRA




Agora que o fim-de-semana prolongado se aproxima, aqui ficam algumas imagens da Coté Sud e da Habitania. Basta um velho canapé e algumas almofadas para criar um recanto de repouso agradável no exterior. O espaço não precisa de ser grande, qualquer pequena varanda ou quintal é suficiente para aproveitar o bom tempo que se avizinha.

terça-feira, 7 de abril de 2009

COR NAS PAREDES






Reparei que algo comum a quase todas as fotografias que aqui coloco é a utilização de cor nas paredes. Para mim, é o recurso nº 1 para modificar radicalmente um espaço. Prefiro sempre os tons neutros, bejes, cores de areia, tons de pedra e cinzentos. Sobre uma cor de base mais intensa as cores dos acessórios ficam muito valorizadas e o espaço parece mais cuidado e coerente. No entanto, para o gosto português é algo um pouco difícil de aceitar. Tenho sempre dificuldade em "convencer" os meus clientes a preferir cores um pouco mais escuras. Quando consigo, adoram o resultado...
Aqui ficam algumas ideias, de revistas (Habitania e Coté Sud), que comprovam o que estou a dizer. Basta um tom mais escuro nas paredes e os móveis mais simples ficam valorizados. Senão, imagine-se estas mesmas divisões com paredes brancas... quanto a mim, não teriam metade do interesse.
Nota: Claro que se a divisão é escura e sombria, devemos ter algum cuidado nesta escolha. Para divisões que recebem luz natural em abundância... vale a pena correr o risco.