Enquanto estudante de design era frequentemente alertada para me manter afastada das imitações. Um material que imita outro material NUNCA é boa ideia diziam-me há 20 anos atrás. Mas o século XXI trouxe-nos grandes alterações em relação à forma como se pensa o design. Se a função ainda era o factor primordial nessa altura, já estava a a ser posta em causa (para o bem e para o mal) pelo movimento pós-moderno e hoje em dia a emoção tomou o seu lugar. Na nova filosofia do design diz-se que "a forma segue a emoção" e ninguém se importa com isso. Este papel de parede é um bom exemplo do que vos digo. Está presente nas melhores Concept Stores mundiais e é usado sem qualquer prurido em projectos de designers conceituados, pois o que prevalece aqui é o apelo sensorial. Uma superfície forrada com um revestimento destes transporta-nos para Brooklyn com os seus azulejos metálicos, ou para uma velha oficina, ou para um casebre rural, com as suas madeiras toscas. E precisamos disso para nos manter ligados à terra nos nossos apartamentos citadinos, tão longe do chão. Voltando ao papel de parede da NLXL, é muito bem feito. Trata-se de uma impressão fotográfica de grande qualidade, em que não há repetições em cada rolo. As repetições dos nós e manchas da madeira denunciam muitas vezes a falta de autenticidade de um material e isso aqui não acontece. Com isto, o meu princípio de NUNCA recorrer a imitações, foi substituído pelo "QUASE NUNCA". Adoro!
Também gosto muito de papéis de parede trompe l´oeil, e se estes ainda têm o pormenor de não repetir o desenho para o tornar mais real, então melhor ainda!
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