terça-feira, 12 de novembro de 2013

E O SONHO COMANDA A VIDA...

Aqui há uns tempos anunciei-vos o lançamento de uma loja virtual. Na verdade tenho-a pronta, só falta referenciar os produtos e pô-la online. A parte complexa que envolve programação  está feita, mas nunca consegui acreditar suficientemente nessa forma de venda para me dedicar a fazer o que faltava. Na verdade o que eu queria era uma loja verdadeira, mas neste contexto económico achei uma loucura fazer grandes investimentos e resolvi tentar essa alternativa menos arriscada que ainda hoje espera ver a luz do dia. O desejo de um dia ter um espaço meu, continuava cá... hibernado.
Já vos tenho dito que acredito no poder do pensamento e na capacidade de fazer coisas acontecer, mas o que vos vou contar, surgiu de forma tão inesperada que até a mim me surpreendeu. Não procurei, não visitei espaços, não avaliei localizações, apenas mantive acesa uma esperança de que um dia teria uma  loja e continuei no meu dia-a-dia, sem pensar muito nisso. Foi então que esta me caiu nos braços, com as melhores condições possíveis, numa das melhores zonas da cidade e detentora do nome mais poético que existe: o Bairro Azul. A loja que finalmente vou abrir ao público (SIM!!!) pertencia ao pai de uma amiga. Aí trabalhou com a sua mulher durante 50 anos. Mas com o tempo e a idade a pesar, a velha loja ia ficando cada vez mais abandonada.

A primeira vez que visitei o espaço, o antigo "estabelecimento de estofos e cortinados", estava em fase de desmantelamento. Tinha um piso térreo, com a largura exacta de uma porta e uma montra, uma pequena cave e ainda uma zona de arrumos em cima. O estado em que se encontrava seria assustador, para qualquer pessoa.

Como consigo perceber as potencialidades de um espaço e também tenho a sorte de trabalhar com óptimos profissionais que conseguem pôr em prática todas as minhas ideias, estamos neste momento, a cerca de duas semanas da inauguração com as obras muito bem encaminhadas. Foi tudo tão rápido e inesperado que nem me apercebi que estava a realizar um sonho antigo. Só quando levei a minha mãe para conhecer o espaço numa das visitas à obra e a ouvi dizer-me "Mas isto foi o que tu sempre quiseste!!!" é que me caiu a ficha. Sonhar é bom e vale a pena!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

UMA CASA CHEIA DE LUZ

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Há casas que mesmo que as encontre num site japonês, reconheço logo a sua origem. São casas que têm a chancela inconfundível da EL MUEBLE. Algo na forma como os espaços são produzidos para a fotografia, com as mantinhas sempre no mesmo sítio, a toalha sobre o lavatório que dá profundidade ao plano, as cores irrepreensivelmente a condizer. Diz-se que ter estilo é conseguir fazer bem sempre a mesma coisa. Pois neste caso fizeram-no, apesar da repetição exaustiva do violeta nos acessórios me deixar sentimentos misturados. Gosto da cor, mas esta utilização parece-me algo excessiva e monótona. De qualquer forma, adorei a arquitectura da casa e a sua luz, as soluções inteligentes, a unidade cromática dos revestimentos. Ao contrário do que disse para os acessórios, neste caso faz sentido a repetição do verde-cinza, pois cria uma base onde quaisquer variações de acessórios ficarão bem.
Esta seria definitivamente uma das casas para onde me mudava já hoje, e não precisaria de alterar quase nada. Quase...








sexta-feira, 8 de novembro de 2013

IDEIAS À SEXTA: TODAS DIFERENTES, TODAS IGUAIS...

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As cadeiras podem ser um investimento sério quando se trata de equipar uma casa. Por isso adoro esta ideia: todas diferentes, todas iguais. Uma veio de casa da avó, outra do contentor da rua, outra da loja de velharias e a última... vá lá, compramos então a cadeira dos nossos sonhos. 
Para as aceitar como válidas temos de verificar se têm uma estrutura sólida, passar um pouco de lixa, um primário de aderência e duas demãos de tinta. Uma dica para quem quiser deitar mãos à obra: comecem a pintar com a cadeira invertida, colocada sobre uma superfície estável. Depois de pintada e seca a parte inferior, vira-se a cadeira e faz-se o resto. Assim não corremos o risco de deixar passar uma travessa que ficou escondida, nem andamos de cabeça para baixo à procura das falhas na tinta. Bom trabalho!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

CUIDADO COM AS IMITAÇÕES?

Enquanto estudante de design era frequentemente alertada para me manter afastada das imitações. Um material que imita outro material NUNCA é boa ideia diziam-me há 20 anos atrás. Mas o século XXI trouxe-nos grandes alterações em relação à forma como se pensa o design. Se a função ainda era o factor primordial nessa altura, já estava a a ser posta em causa (para o bem e para o mal) pelo movimento pós-moderno e hoje em dia a emoção tomou o seu lugar. Na nova filosofia do design diz-se que "a forma segue a emoção" e ninguém se importa com isso.  Este papel de parede é um bom exemplo do que vos digo. Está presente nas melhores Concept Stores mundiais e é usado sem qualquer prurido em projectos de designers conceituados, pois o que prevalece aqui é o apelo sensorial. Uma superfície forrada com um revestimento destes transporta-nos para Brooklyn com os seus azulejos metálicos, ou para uma velha oficina, ou para um casebre rural, com as suas madeiras toscas. E precisamos disso para nos manter ligados à terra nos nossos apartamentos citadinos, tão longe do chão. Voltando ao papel de parede da NLXL, é muito bem feito. Trata-se de uma impressão fotográfica de grande qualidade, em que não há repetições em cada rolo. As repetições dos nós e manchas da madeira denunciam muitas vezes a falta de autenticidade de um material e isso aqui não acontece. Com isto, o meu princípio de NUNCA recorrer a imitações, foi substituído pelo "QUASE NUNCA". Adoro!