terça-feira, 8 de outubro de 2013

HOLGER NIELSEN E A VIPP

Ser uma vítima nunca é bom. Ser vítima da moda é péssimo e pode dar resultados desastrosos e ridículos, todos já vimos. Quando a obsessão pelas tendências se transporta para o mundo do design os efeitos podem não ser melhores. No entanto, há uma diferença assinalável entre o obcecado pela moda e um design victim. Este não procura apenas a última tendência, pretende sobretudo acumular todos os clássicos do design, numa atitude de coleccionismo que não tem a ver com gosto pessoal, funcionalidade ou conforto, é outra coisa. Dito isto e criando assim as devidas distâncias desse comportamento, tenho de confessar que há algumas peças que se tornaram clássicas do design moderno e que eu adorava ter um dia. Pela sua qualidade, durabilidade e perfeito desenho de linhas, são tentadoras. Uma dessas peças que ambiciono, nem sequer ficaria na sala, em lugar de destaque. Pelo contrário ficaria arrumada a um canto da cozinha para uso exclusivo da família, sem exibicionismos. Estou a falar do caixote do lixo Vipp .





Claro que pagar quase €300 por um caixote do lixo é algo que não me disponho a fazer, mas... como estou prestes a trocar, outra vez, o meu ferrugento  Knodd, pergunto-me se não valeria a pena o investimento. A história deste ícone do design é interessante: foi criado por Holger Nielsen, um fabricante de mobiliário metálico dinamarquês, para o cabeleireiro da sua mulher, em 1939, mas rápidamente começou a ser solicitado para consultórios de dentista e pequenas oficinas. As suas características de resistência fizeram dele "O caixote do lixo". A marca, que continua nas mãos da família, mantem-se actual, lança anualmente novas colecções e algumas edições especiais. Este ano, em parceria com a concept store Merci, criou um modelo inspirado no seu famoso saco de papel, ou seja, tentação a dobrar...


Saco de papel Merci, criação do estúdio be-poles

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