Ouvi recentemente alguém dizer, a propósito da morte de James Gandolfini protagonista de Os Sopranos que a televisão tinha melhorado a qualidade das suas séries, tornando-as mais maduras e densas, ao contrário do cinema que se tinha tornado cada vez mais light e adolescente. Pela minha parte tenho algumas séries que não perco, sendo umas mais densas que outras, confesso... Uma delas é a australiana Offspring, traduzida para português como Descobrindo Nina que passa no AXN White. As aventuras da disfuncional família da Dra Nina Proudman são muito engraçadas. Não sendo uma série de humor, a sua personalidade ansiosa e trapalhona provoca-me sempre umas gargalhadas. Como se meia-hora de boa disposição não bastasse para recomendar esta série, há os interiores... lindos. A nova casa de Nina, depois da anterior (também espectacular) ter ardido num incêndio é maravilhosa. Depois de a descobrir aqui tenho de partilhar convosco. Trata-se de um espaço real onde vive e trabalha a artista plástica Adriane Stramp que abriu a lindíssima porta verde da sua casa para a equipa de produção gravar alguns episódos da série. O video conta como aconteceu.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
quarta-feira, 26 de junho de 2013
POR BELÉM
Comecei por aqui, pela exposição de ilustração publicitária O Consumo Feliz do Museu Berardo. Os originais pintados à mão que deram lugar aos cartazes e embalagens publicitárias do século XX. O retrato de uma época em que ainda era preciso saber desenhar e pintar para fazer um cartaz. São imagens hiper-realistas de tijelas de cereais, cremes de beleza, famílias felizes. Interessante, sobretudo pela oportunidade de apreciar o apuro da técnica, ver as pinceladas, as miras de impressão, e até pequenas rasuras em imagens que habitualmente encontramos impressas e perfeitinhas.
Depois fui espreitar o recém-inaugurado Este Oeste. A remodelação do espaço agradou-me muito, pelas cores e pelos materiais utilizados, pela reutilização das cadeiras, mesas e a estrutura dos balcões originais - o que é sempre um bom princípio - e ainda pela poesia da instalação central inspirada no origami. Não consegui saber quem foi o autor do projecto, mas está de parabéns!
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fotografias @sofiapinheiro |
Depois saboreou-se um gelado biológico Moo&You na Rua de Belém. A boa notícia é que a opção "1 bola" pode levar dois sabores. Escolhi amêndoa e mirtilo e não me arrependi, mas o café e o limão também ficaram aprovados.
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À sombra, na relva ouvia-se música da Banda da Armada, com um repertório surpreendente, ao estilo Glenn Miller, diria eu que não sou especialista. Esqueceram-se de arranjar sombra também para os músicos que estavam a passar um mau bocado.
Enfim, nada como um fim-de-semana de sol e um passeiozinho turístico para perceber porque continuamos no top das cidades a visitar. Apesar de tudo...
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fotografias @sofiapinheiro |
quinta-feira, 20 de junho de 2013
A MINHA PALETA DE CORES
Por aqui gosta-se de cores. De todas. Das mais fluorescentes às mais neutras. No meu caso, quem me conhece já sabe... gosto especialmente de uma gama de tons que normalmente acusam de frios, coitados. Não sei o que estas cores têm de frio, mas é verdade que podem ser muito cool. Ao contrário de algumas cores mais intensas e... quentes (?) que podem tornar-se demasiado invasivas num espaço, estas permitem revestir um ambiente na íntegra, sem cansar. Até um pequeno objecto ou apontamento consegue animar imediatamente uma zona anónima e desengraçada.
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via pinterest |
Estou sempe atenta a estes tons, encontro-os pelas cidades e gosto de os fotografar, quando estou na praia também não me escapam à atenção.
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fotografia©sofiapinheiro |
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fotografia©sofiapinheiro |
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fotografia©sofiapinheiro |
terça-feira, 18 de junho de 2013
QUE TECIDO ESCOLHER PARA ESTE CADEIRÃO?
Aqui fica mais uma simulação em photoshop para o pedido de ajuda da Rosa. Na verdade esta leitora só pedia uma sugestão para o estofo do cadeirão de braços, mas não resisti a simular algumas alterações que provam que não é preciso muito para melhorar significativamente um ambiente. Aproveito para falar de mais uma regra importante a ter em conta na escolha dos tapetes: se são muito reduzidos fazem o espaço parecer muito mais pequeno. Quanto ao quadro tão triste e sózinho ficaria melhor se acompanhado por mais uns quantos a formar uma composição harmoniosa. Não é dificil recolher inspiração para decorar com mapas. Por fim, a janela também melhoraria o seu aspecto se o varão fosse pintado da mesma cor da parede e subisse para a linha do tecto, outro truque para aumentar visualmente.
Quanto aos tecidos, mostro uma sugestão da Designers Guild, mas... procurando bem encontra-se semelhante e mais económico em qualquer armazém de tecidos.
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ANTES |
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DEPOIS |
PINTAR
Ontem já vimos o que a tinta pode fazer por um espaço, no caso do pavimento de tijoleira pintado. Daí ter resolvido retomar o tema Organizar/Iluminar/Pintar para lembrar um projecto meu, também num apartamento de cariz clássico, em que se aproveitaram os móveis existentes e depois de devidamente lacados integraram o novo ambiente na perfeição. Neste caso falamos de uma lacagem profissional, a preferir sempre que possível, mas quem tiver paciência e algum jeito pode obter resultados semelhantes com uma correcta preparação de superfícies e algumas demãos de esmalte acrílico acetinado. Atreva-se!

No mesmo apartamento, a remodelação do wc foi muito simples mas os resultados significativos. Com tinta própria para azulejo e tinta metalizada pintou-se apenas a barra de azulejo esponjado que dava um aspecto muito datado ao ambiente. O lavatório foi substituido por um módulo com arrumação e esta casa obteve uma nova casa de banho de um dia para o outro.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
AMBIENTE CLÁSSICO
Os portugueses têm um gosto clássico. Raramente nos cruzamos com figuras muito extravagantes na rua e se é certo que temos as nossas preciosidades nacionais, essas contam-se pelos dedos de uma mão e não fazem escola. Aceitamo-los com um sorriso, encolhemos os ombros e vamos à nossa vida.
Também em casa arriscamos pouco, por aqui não se encontra muito disto nem disto. Sentimo-nos confortáveis dentro das balizas da normalidade e isso não é mau nem bom... é apenas assim!
A boa notícia é que mesmo em ambientes clássicos há muitas maneiras de personalizar e de marcar a diferença e a casa que vos mostramos hoje do atelier La Albaida é exemplo disso. O ambiente tem todos os ingredientes de uma casa tradicional, mas chamo a atenção para as cores inusitadas das paredes, para as madeiras recicladas, para o patchwork de mosaico hidraulico na cozinha, para as cerâmicas de belas cores, para o pavimento de tijoleira pintado de branco com tinta adequada. Toda a casa merece uma visita e para isso basta clicar nas setas pra entrar!
segunda-feira, 10 de junho de 2013
100% PORTUGUÊS
Mas apesar desta entrada no estrelato, pela porta grande, a marca não se deslumbrou e continua a apostar nas utilidades domésticas. O seu balde de lixo ecológico esteve na Experimenta porque afinal o design não é mais do que isto: criação de bons produtos funcionais que resolvam problemas. O resto é styling!
sábado, 8 de junho de 2013
CASA DE FÉRIAS
Quando um casal belga se farta do céu cinzento e resolve instalar-se no solarengo sul de Espanha este é o resultado. Uma casa feita de materiais naturais, com uma mistura de estilos a denotar o seu gosto eclético. Ao contrário das casas pessoais e intransmissíveis que temos apresentado ultimamente, de tal maneira espelham a personalidade de quem lá mora, hoje temos um espaço em que todos nos podemos rever. Julgo que não haverá ninguém que não se identifique com um ou outro aspecto deste estilo. Pela minha parte, gosto sobretudo da forma como a cor é trazida apenas pelos acessórios, panos coloridos, toalhas, cerâmicas. Este é um princípio que costumo utilizar nos meus projectos, uma base neutra e apontamentos de cor. Assim tudo fica fácil de actualizar: trocam-se as almofadas e temos uma casa nova!
sexta-feira, 7 de junho de 2013
FILME CARAMEL
Vi recentemente o filme Caramel da realizadora libanesa Nadine Labaki, que é também a actriz principal. O filme premiado em Cannes em 2007 aborda alguns temas do universo feminino de que vos falava no passado dia 8 de Março: o mundo é muito maior do que nós, europeus, pensamos. Algumas das questões abordadas já não fazem sentido no mundo ocidental, outras pelo contrário, continuam universais. As personagens fazem lembrar as chicas de Almodovar e os ambientes kitsch também, mas estas são mais genuínas, de alguma forma mais credíveis... se é que o pode dizer quem nunca esteve em Beirute. Resumindo, é o filme certo para quem gosta de uma boa história que diverte e faz pensar.
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